(deve ter sido escrito quando eu fiz 18 ou 19. Aos 46, muitas de minhas contestações se inverteram. Já não contesto o sistema econômico por ele ser capitalista, por exemplo. Agora contesto-o por não ser capitalista o suficiente. Também não questiono mais a forma como as pessoas vêem deus. Agora me pergunto como é que alguém ainda pode ver algum deus. Não acho mais que o mundo está errado porque as pessoas não são éticas. O problema não é que não tenham ética, mas que praticam uma ética errada, altruísta, suicida. Mas afinal, como o soneto não entra em detalhes, continua válido.)
Vira e mexe meu lápis volta a contestar
De toda a minha prosa e do meu verso todo
Talvez mais da metade esteja a reclamar
Aos homens outros dias, à vida outro modo.
E às vezes questiono o porquê da rebeldia
Por que devo contestar e quanto isso vale?
E esta força que substitui musas na poesia
Hoje me respondeu e me pede que vos fale.
Foi com grande orgulho e alegria imensa
Que descobri porque contesto até a sorte:
É porque sou contestador de nascença!
Hoje todos lembram de gente falecida
Nasci em finados, dia em que se lembra a morte
E eu contesto: Hoje lembro e comemoro a vida!
Um comentário:
aff mto bom....
tem que mudar a descrição agora pai, "burocrata" ja era...hehehe
Parabéns
Bjooooo
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