Geraldo Boz Junior
Você leu “A Cabana”? Se ainda não leu, mas pretende ler, aviso que esta crítica pode, no mínimo, estragar algumas surpresas da leitura.
Se você leu e gostou, este texto vai revisitar algumas passagens impressionantes que talvez lhe abram os olhos para coisas que você leu, mas não percebeu em “A Cabana”.
Esse livro contém o tipo da leitura cativante (embora muitas vezes difícil), que prende pelo mistério, pelo suspense e pelas cenas insólitas nas quais o protagonista toma café da manhã conversando com deus à mesa (eu grafo deus com minúscula mesmo, certo?), caminha ao lado de Jesus sobre as águas de um lindo lago, passeia por bosques ajudando o espírito santo a colher flores. Encantador, não? Devem ser situações que deixam crentes sonhando acordados.
Como ficção o livro tem seu valor. O problema são as idéias transmitidas pelos deuses. Em meio à sedução de passagens encantadoras, o autor desconstroi a humanidade. É um livro absurdamente maléfico e vou mostrar por que no texto a seguir.
Estamos em abril de 2010 e este livro de William P. Young está encabeçando a lista dos mais vendidos no Brasil, na categoria ficção. Já na contracapa se lê uma prévia da história: Mack, o protagonista, recebe um bilhete em sua caixa de correio. O bilhete tinha sido deixado lá por ninguém menos que deus. Era um convite para que Mack fosse encontrar deus numa cabana nas montanhas. Obviamente Mack vai e obviamente encontra deus. Aí ocorre a desconstrução da humanidade.
Não vou questionar, no restante desta crítica, o criacionismo presente no livro de Young. Apenas deixo registrado que ele trata Adão e Eva e o Jardim do Éden como verdades históricas, o que interpretei como direito dele, pois afinal trata-se de um livro de ficção... O foco da minha crítica não é a existência ou não dos personagens e dos fatos relatados, mas a filosofia embutida em suas falas. As pessoas podem até perceber a história como fantasiosa, mas, mesmo assim, tomam como grandes lições o que os personagens falam. Eis aí o perigo!
Para começar, um detalhe interessante: deus se mostra a Mack na forma de uma mulher negra e gorda, que adora pilotar um fogão fazendo comidas deliciosas. Enquanto cozinha, canta e rebola ao som de música funk que ouve num fone de ouvido. Num toque de ficção-científica, deus diz a Mack que a música é do futuro, pois afinal ela (ele?) conhece tudo, passado, presente e futuro.
Quando Mack pergunta a deus por que ele aparece no formato de uma mulher negra e gorda, ela responde que sua natureza não é nem masculina nem feminina e que escolhe aparecer desta ou daquela forma segundo os propósitos do momento. A idéia era quebrar algumas idéias preconcebidas de Mack , que provavelmente imaginava deus como um velhinho com longas barbas brancas. O detalhe interessante é que Mack não perguntou a deus porque ela não apareceu como um gay. Seria bem apropriado para um ente que não é nem masculino nem feminino, não? Ocorre que o autor queria vender livros e provavelmente um detalhe como esse causaria um boicote dos leitores e não um sucesso de vendas. Inteligência editorial! Vamos quebrar ideias preconcebidas, mas só até o ponto que nos interessa, ok? Todo o resto do livro (como toda discussão religiosa) é sempre assim. Vamos discutir, mas só até certo ponto. Quando as perguntas começam a ficar realmente boas, então "você não pode querer entender as razões de deus...".
Num determinado ponto do livro, Mack lembra de como contava histórias para sua filha, num acampamento. A história falava de uma tribo que habitava aquela região onde estavam acampados e de uma situação na qual os índios começaram a morrer misteriosamente. O pajé diagnosticou que o grande-espírito pararia as mortes se uma virgem se jogasse de um penhasco. Os índios não aceitaram o sacrifício, mas finalmente uma jovem se jogou voluntariamente e as mortes pararam. A filha de Mack perguntou por que o grande-espírito era tão ruim e porque a indiazinha teve que morrer. Mack respondeu, pasmem, que o grande-espírito não era mau, que fazia tudo por amor e que a moça não teve que morrer, mas escolheu morrer para salvar seu noivo da doença que estava matando os índios. Uma lição de altruísmo da virgem e de amor divino!
Vou contar a mesma história, mas vou mudar os personagens: soldados nazistas estavam matando prisioneiros do campo de concentração. Matavam alguns toda noite, aleatoriamente, em função de apostas no jogo de cartas que os divertia. Os prisioneiros reclamaram ao comandante do campo e este ficou surpreso, pois não sabia das mortes. Decretou então que ordenaria que seus soldados parassem com a matança com a condição que uma criança prisioneira se suicidasse na frente dele. Os prisioneiros não aceitaram, claro. As mortes continuaram até que uma criança escapou da vigilância dos pais e se suicidou na frente do comandante. Então as mortes pararam. E Mack teria dito à sua filha que o comandante era puro amor, que só queria o bem dos prisioneiros. Teria dito que criança não precisava morrer, mas que escolheu morrer por amor à sua família que seria morta caso ela não se matasse. Uma lição de altruísmo da criança e de amor nazista!
A história é a mesma! Uma horrível história de terror, de arrepiar! Quando tem um personagem divino, entretanto, ela se transforma em historinha de ninar. Se o comandante for um fantasma divino, é uma prova de amor, se for um coronel nazista, é prova da insanidade do poder. Histórias dessa natureza, de puro terror, são contadas para as crianças o tempo todo como se contivessem lições de moral. É a mesma historinha da crucificação de Jesus, que escolheu morrer para nos salvar. Ninguém sabe direito do quê ele nos salvou, mas dizem que o coronel divino nos poupou ou vai nos poupar de muito sofrimento por causa daquela crucificação voluntária. Mack quer que sua filha entenda que a ação de deus é motivada por um sublime amor, mas certamente diria a ela que o ato do coronel nazista foi maldade pura. Não dá para entender a diferença entre as situações? Não é para entender, é para decorar. O coronel é mau, deus é bom, ponto final. Mesmo que deus torture alguém durante longos anos com uma doença incurável, é tudo pelo bem, é tudo por amor. Decorou?
Voltemos à cabana. Mack pergunta a deus se ela se zanga com os homens. “Ora, claro, fico zangada como qualquer pai fica zangado com o filho às vezes, devido a decisões erradas que tomam. Isso não quer dizer que ame menos meus filhos, blábláblá”. Mack se satisfaz e se maravilha com a resposta, sem perguntar a deus com o quê ele poderia se zangar, uma vez que já conhece o futuro. Convém relembrar que ele estava ouvindo música do futuro! Ocorre que se o futuro já é conhecido, então não há livre arbítrio. Qualquer decisão que tomemos já está escrita em algum livro divino. E se não temos opções, por que deus se zangaria com o único rumo possível para a história (e que ele já conhece de antemão)? Não faz sentido. E daí? O importante é que deus fica zangado, mas nos perdoa porque nos ama. Vamos abordar a questão do perdão mais adiante. Em algumas ocasiões do livro, deus diz que sua criação degringolou naquele momento que Adão comeu a maçã no paraíso. Diz que os homens tomaram um rumo de liberdade que não era o certo, não era o que deus queria (aliás agora o grande objetivo de deus é nos fazer voltar aos trilhos). Pois bem. Ele conhecia, desde o início, a história toda até o fim. Sabia, antes mesmo de criar o homem, que ele tomaria decisões erradas. Esse deus também já sabe que no final vamos voltar aos seus braços ou que vamos nos danar no inferno. Então por que toda essa encenação de salvação? Em certo momento do livro, deus afirma: “criamos vocês para compartilhar nosso amor e outras maravilhas, mas Adão optou por ficar sozinho – como já sabíamos que ia acontecer – e estragou tudo”. Mas, meu deus! (desculpem, não resisti !) Se deus criou o homem para determinado fim, se deus é onipotente e se deus já conhecia o futuro, como poderia ter errado a mão e criado uma criatura que faz tudo errado, que estraga tudo? Nada faz sentido.
Nada faz sentido! Mack fala isso, ou coisas equivalentes diversas vezes durante o livro. As respostas de deus para esses pedidos de socorro da razão humana são sempre evasivas. Você ainda não tem como entender isso... Você ainda não está pronto... Isso está muito além do que você poderia entender... O deus de Mack é assim mesmo. Quer que Mack entenda algumas coisas e não quer que entenda outras. "A única coisa que importa são duas: a primeira, a segunda e a terceira". As explicações de deus são claras assim. Como um deus pode ser três? Por que não são quatro ou trinta e sete? Agora estamos falando da desconstrução da humanidade. Possuir uma mente racional é o maior fator distintivo do ser humano em relação a outros animais. A racionalidade nos tirou das cavernas e permite que você leia este texto numa tela de computador. Quando se afirma que o verdadeiro valor está em coisas sem sentido, que a racionalidade deve ser deixada de lado em prol de um amor divino, o que se está fazendo, no fundo, é pedindo que a pessoa abdique de sua condição de ser humano, de ser racional.
O deus-mulher-negra-gorda diz a Mack que a natureza do homem é ser amado e que a natureza de deus é amar. Diz que deus não pode agir exceto por amor. Em outras ocasiões, entretanto, deus reafirma o que todo mundo já sabe: deus pode tudo. Bom... pode tudo ou só pode agir por amor? Talvez... bem, talvez ele possa tudo, inclusive não poder alguma coisa... Não entendeu? Bom, isso já está virando rotina, não? Não é mesmo para entender, é para amar.
Falando em amar, tem uma hora que Mack pergunta a deus o que é o amor. A resposta de deus é super esclarecedora: o amor é o que é. Nesse ponto o autor foi muito esperto e você logo vai entender o porquê. (Ah, você ainda não está preparado para entender, mas vou prepará-lo nos próximos parágrafos. Já estou quase falando como deus).
O ponto culminante dessa escalada contra a humanidade é a cena na qual deus revela que o incidente que “rasgou o tecido do universo” foi o fato de sua criação ter decidido comer da árvore do conhecimento (de novo a historinha da maçã no paraíso). Desculpem-me o termo, mas essa foi A cagada. Quando o homem decidiu que queria ter juízo próprio, queria decidir por si só o que considera bom e mau, nesse ponto ele se afastou de seu criador. E qual é a solução, perguntou Mack? Caro leitor, por favor, sente-se porque a resposta de deus é terrível: “vocês devem desistir do seu direito de decidir o que é bom e o que é ruim e viver apenas em mim”. É a punhalada mais forte e explícita que este livro dá na humanidade. Sem uma moralidade, uma mente racional se transforma num robô. Mas afinal, esse deus não nos quer sequer racionais. Quer que somente o amemos. Quer apenas mentes... emocionais. Então voltemos à pergunta de Mack: o que é o amor? E a resposta vazia: o amor é o que é. Portanto, devemos abandonar tudo, racionalidade, moralidade e apenas amar, sem saber o que isso significa (pois não temos racionalidade) nem querer julgar se isso é bom ou ruim (pois também devemos abdicar da moralidade).
Ocorre que o amor, como todas as outras emoções, é resultado do julgamento de nossas mentes racionais. Amamos e odiamos, sentimos atração ou repulsa em função de avaliações que fazemos. Nem sempre essas avaliações são fáceis de explicar, porque podem ser tanto resultantes de abstrações intelectuais, como o medo de ficar desempregado, como resultado de conexões neurais ancestrais que nos fazem ter medo de escuro, por exemplo. A questão principal desse argumento é que não existe amor se não houver julgamento. Amamos o que desejamos, o que admiramos, o que nos conforta, o que de alguma forma julgamos de forma favorável. Amamos o que julgamos ser bom para nós. Se abdicássemos de nosso direito de julgar o que é bom e ruim, estaríamos jogando no lixo também nossas emoções e toda essa história com sentido vago de “viver no amor de deus” simplesmente não existiria porque o amor não existiria.
O deus de A Cabana diz, numa passagem, que não quer ver o homem prisioneiro, pois o criou para ser livre, com livre-arbítrio. Bom, já comentamos o fato de livre-arbítrio ser incompatível com onisciência, especialmente se deus já sabe como é o futuro. Outra pergunta que não quer calar é a seguinte: ele nos quer livres, mas considera que rasgamos o tecido do universo quando decidimos agir por conta própria ao comer da árvore do conhecimento? Que liberdade seria essa? Liberdade para fazer e pensar qualquer coisa, desde que deus concorde? Bom, deus às vezes diz uma coisa, outras vezes diz outra coisa. E daí? Ele pode. A história humana, entretanto, mostra mais o deus que não gosta de liberdade. A liberdade costuma nos dar o ar de sua graça mais frequentemente quando deus faz o favor de se ausentar. Atualmente, por exemplo, há mais liberdade nas teocracias islâmicas ou nas democracias laicas do ocidente?
Outro golpe fatal na humanidade é desfechado quando deus afirma que a responsabilidade é um mal que destroi o amor, que acaba com os relacionamentos. Não devemos esperar nada dos outros (ou seja, não devemos julgá-los) nem criar responsabilidades nos relacionamentos. Quando você ama um amigo você não exige que ele aja como um amigo, não exige que ele se sinta responsável por agir como amigo. Bonito, não? Amor incondicional. Mas amor incondicional é uma imoralidade. As mesmas pessoas que condenam a prostituta por entregar seu corpo sem critério pregam que o amor deve ser distribuído sem critério, como se isso fosse possível, como se fizesse sentido e, o pior, como se isso fosse uma virtude. O amor é o que é: vem do nada e se distribui a qualquer um. Um amor assim não teria valor algum. Ser amado dessa forma não significaria nada.
E o perdão? O deus da cabana dá importância enorme ao perdão. Ele mesmo diz já ter perdoado tudo. A primeira pergunta é: qual é o sentido do perdão de um deus que já sabe tudo que acontecerá no futuro? Por que deveríamos ser perdoados se nossas escolhas já estão escritas no livro da história antes mesmo de nascermos? Não podemos ser responsabilizados por nossas ações, se realmente não as decidimos, certo? Se não as decidimos não precisamos de perdão de deus, nem de ninguém... Bom, outra coisa marcante na história de A Cabana é que deus exige que Mack perdoe até mesmo o assassino de sua filha. E Mack perdoa, ou ao menos tenta. Mas o que é perdoar? Perdoar é, segundo o autor, retirar a culpa. Isso faz sentido, segundo a lógica de deus, pois se não somos responsáveis por nossos atos, não podemos ser culpados. Perdoar um assassino é reconhecer que o assassino não é assassino. Está ficando confuso? Bem, o que ele seria então? A resposta óbvia é que o ex-assassino está apenas cumprindo um destino escrito na história que deus já conhecia e que só deus mesmo pode ter escrito. Portanto o responsável primário pelo assassinato é deus. Uma dedução lógica. Mas deus quer que a gente esqueça essa coisa de responsabilidade, de racionalidade, de moralidade. Apenas amem incondicionalmente. Tem alguma coisa cheirando mal, não? Ocorre que o perdoar que deus nos exige não é retirar a culpa. Isso seria um julgamento. Quando aquele deus fala de perdoar, significa abdicar do direito de julgar. Tem alguma coisa realmente cheirando mal, não?
Enquanto caminhavam alegremente sobre a água, Jesus faz Mack parar e chama atenção para uma grande truta nadando no lago. Jesus tenta cercá-la (naturalmente caminhando sobre a água, claro) e diz que faz tempo que está tentando capturá-la, mas não consegue. Mack pergunta por que ele simplesmente não ordena que a truta pule para dentro de sua frigideira. Jesus responde que até poderia fazer isso, mas que não teria graça. A diversão está em tentar pegá-la sem usar super-poderes. Atenção caro leitor! Essa passagem reponde a principal pergunta do livro: por que deus não acaba com os males da nossa existência? A resposta é que guerras, doenças, pobreza e sofrimento são a diversão de deus. Ele poderia acabar com tudo isso, mas qual seria a diversão, então? Aliás, esse deus infalível certamente não errou a mão quando criou o homem. O homem foi criado para tomar as decisões erradas que tomou e continua tomando. As mazelas do mundo humano já estavam todas previstas, foram mesmo planejadas. Sem elas simplesmente não haveria diversão para deus. O coronel poderia simplesmente ordenar o fim das execuções noturnas, poderia mesmo soltar os prisioneiros, mas qual seria a diversão? Que deus amável!
Se fosse possível que todas as pessoas simplesmente adotassem as recomendações desse deus, no dia seguinte estaríamos de volta às cavernas ou às árvores. Voltar à condição anterior ao pecado original é voltar à condição de animais irracionais, é abdicar da nossa humanidade. A humanidade certamente não é perfeita – seja lá o que significaria isso – mas é o que temos de melhor. É preciso ser cego para não enxergar a beleza do que a mente racional humana já realizou. É preciso ter uma mente doentia para declarar que o homem deveria abdicar de sua racionalidade.
Se você leu A Cabana e gostou, ficou extasiado e nem percebeu a maldade que existe nesse texto, então parabéns! Você já está perdendo sua capacidade de discernir entre o bem e o mal, portanto está mais próximo de deus.
10 comentários:
Escreve mais, cara. Posta mais. =P
Esse deus é muito controverso! Não acham?
Dois erros seus.
1º Por que Mack não pediu a Deus para aparecer como um gay? Porque o gay também é homem, não é o fato de ele dar o rabo pra outro homem que vai mudar sua fisiologia! Será que lhe passou pela cabeça que o autor estivesse se referindo a características fisiologicas e psicologicas distintas dos homens e das mulheres, e não a atração sexual?
2º Perguntar por que Deus não resolve os problemas da humanidade, como a fome, a violência, etc...
Seria muito simples para os homens, fazerem todas as suas cagadas e deixar que Deus arrumasse tudo.
E se TODAS as pessoas optassem por viver de acordo com aquilo que Jesus ensinou? As pessoas matariam? Roubariam? Trairiam?
Então, de quem é a culpa, de Deus (que é Jesus) ou de cada um dos homens que toma suas decisões(geralmente baseadas no egoísmo)?!
Reflita, mas de cabeça fria!
ô Beto...
É verdade... um deus porreta mesmo não ia ficar arrumando as coisas malfeitas pelo homem.
Se ele fosse mesmo esperto, teria criado homens que NÃO FIZESSEM porcarias!
ô Geraldo!
era pra comentar de cabeça fria, meu chapa.
Mas fazendo uso da tréplica (hehe) quero dizer que Deus criou o Homem e lhe deu liberdade para que fizesse tudo o que quisesse fazer. Mas ele não deixou o Homem em maus lençois, Ele mostrou os dois lados da moeda e recomendou que o Homem vivesse de uma determinada forma (não obrigou, recomendou). É mais ou menos como eu lhe falar: Geraldo, pode comer carne vermelha, mas cuidado com a gordura, em exesso faz mal!
Eu proibi você de comer carne? Não, apenas recomendei que não comesse muita gordura, pro seu bem!
E se você tiver arterioesclerose e morrer, a culpa é minha?
Nossa, como eu sou um cara mau!
Entendeu?
Beto, esse seu deus seria, sim, um cara muito mau porque ele teria criado o homem com vontades que não pode satisfazer ("olha eu te dei um apetite enorme por carne vermelha, mas você não pode comer, viu?"). O que seria isso se não maldade? É puro sadismo divino! (e mazoquismo humano)
Aliás, seu exemplo da carne vermelha é muito ruim, porque comê-la moderadamente não mata ninguém. Se isso serve de exemplo, então a "recomendação" do seu deus para que não forniquemos com a mulher do próximo também deve ser entendida apenas como uma advertência para que façamos isso sem que o próximo saiba, não é? Nos dois casos, deve-se comer cuidadosamente, hahaha....
Ah, e matar pode? Pode, desde que seja em nome desse deus bonzinho. Afinal, "não matarás" é só mais uma recomendação divina. Segundo "A Cabana", esse deus é capaz perdoar até assassinos pedófilos, pois afinal também os assassinos são seus filhos. Nesse ponto, admito que tem lógica: se deus podia ter feito criaturas bondosas, mas fez assassinos, a culpa não é do assassino, é de deus! Portanto, deus assume sua culpa e não condena os pedófilos torturadores de crianças.
Deixa de ser ridículo cara....fica querendo deturpar as coisas
Geraldo, você está muito equivocado, suas afirmações são muito ridículas realmente, como diz nosso amigo ou amiga ai .. quem você pensa que é pra achar que sabe das intenções de Deus, que sabe do seu real propósito pra tudo em nossas vidas. Acorda Geraldo! O Beto está certíssimo, e se você se acha o fodão dono da verdade, siga nessa sua ignorância a vontade, mas a realidade é que todos nós que estamos lendo essas sua palavras sentimos pena de você por não ter conhecido a Deus verdadeiramente, por ser um sujeito que paseia suas especulações em absolutamente nada! Acho que está na hora de rever seus conceitos, meu caro!
Prezado Leitor(a)
Vou chamá-lo(a) de Letícia, apenas para ter um nome a quem me referir.
Você diz que estou muito equivocado. Tudo bem, é uma possibilidade. Nós, com mentalidade científica aceitamos que podemos estar errados. Basta você PROVAR que estou errado e eu aceitarei meu equívoco.
Como você disse, vocês crentes olham para nós, ateus, como se nos faltasse um braço (a fé) e sentem pena de nós... Mas fique sabendo que a recíproca é verdadeira. Nós ateus também olhamos para os crentes como se eles carregassem um câncer (a fé) e também sentimos pena deles.
Sobre ser dono da verdade, um ateu não tem como se sentir assim. Um ateu não pode comprar um livro que contenha a verdade incontestável. Um crente pode. Basta você ter uma Bíblia que você é dona da verdade.
Quanto a rever conceitos, eu faço isso regularmente desde a minha já distante adolescência. Isso me fez abandonar todas as crenças infundadas desde meus 15 anos de idade. Espero que você também siga seu próprio conselho.
Finalmente, vou dizer uma coisa que é dirigida a você, mas que certamente você entenderá que também poderia dirigir a mim: "Não há pior cego que aquele que não quer ver".
Sugiro que você leia também "A Propagação", neste mesmo blog.
Bom, eu só acho que Deus é perfeito em TUDO que Ele faz! NÓS que estragamos algumas dessas coisas e queremos jogar pra cima de Deus a responsabilidade que é TODA nossa!
Postar um comentário